sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cruz e Sousa

O mandato do vereador Márcio de Souza, juntamente com a Galeria da Velha Guarda da Protegidos, realizou, em 24/11, um ato em homenagem ao nascimento do poeta João da Cruz e Sousa, na Praça XV, no local onde está fixado o busto do grande poeta, com uma participação especial do ator João Batista, o JB, declamando texto do grande poeta.

Pelos 148 anos de aniversário do maior poeta simbolista brasileiro, foi ali depositada uma coroa de flores, sendo o evento documentado pela TV Câmara.

No mesmo local, às 23h30, houve uma serenata com a participação dos músicos Guilherme Partideiro e Rafael Leandro, membros do grupo Número Baixo, para marcar o carinho e o reconhecimento dos admiradores de Cruz e Sousa.

O Cisne Negro
Filho de negros alforriados, desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, de quem adotou o nome de família. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.

Faleceu em 19 de março de 1898, com 36 anos, no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fora transportado, às pressas, vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Ao chegar, foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier por seus amigos, dentre eles, José do Patrocínio.

Foi integrante da Academia Catarinense de Letras, de cuja cadeira 15 é patrono.

Análise da obra
Seus poemas são marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento. É certo que se encontram inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos.

No aspecto de influências do simbolismo, nota-se uma amálgama que conflui águas do satanismo de Baudelaire ao espiritualismo (e, dentro desse, idéias budistas e espíritas) ligados tanto a tendências estéticas vigentes como a fases da vida do autor.

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