terça-feira, 24 de abril de 2012

GREVE DO MAGISTÉRIO


DINHEIRO TEM, SIM, GOVERNADOR COLOMBO! ATÉ, para divulgar MENSAGEM MENTIROSA na TELEVISÃO, em HORÁRIO NOBRE!

Para quem nasceu agora, ou começou no magistério recentemente, talvez possa acreditar que o governo não tenha dinheiro para pagar os salários legais dos professores.

Entretanto, é necessário dizer que sempre foi assim, no estado de Santa Catarina. Também é oportuno registrar que os que estão a dizer sobre a inexistência de recursos, são os mesmos, há, pelo menos, 30 anos!

A questão principal de todo esse modelo é a estratégia da história de hegemonia sobre a educação pública, exercida por gestores públicos, comandados pela lógica que não deseja o seu próprio desenvolvimento.

É imperativo que a escola que atende às classes populares não funcione para tornar seus estudantes competitivos, para disputar as melhores oportunidades públicas e privadas.

O fundamento não é a falta de recursos públicos, mas a escolha feita para destinar investimentos. As obras públicas se multiplicam; os gastos que não possuem perspectivas de retornos econômicos são muitos.

Propositalmente, gasta-se muito mal; gasta-se desnecessariamente.

Neste aspecto, vê-se planilhas de elevados gastos na educação, entretanto, que não repercutem nos salários dos professores.

Vejamos as obras, a implementação das chamadas novas tecnologias, dos materiais adquiridos pela Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina, que chegou às empobrecidas salas de aula, totalmente descontextualizada de qualquer ação pedagógica planejada.

Assistimos, na esfera pública da educação, sistemáticas “inovações” que, a rigor, são experiências velhas, repaginadas com novos ares, pacotes que exigem seminários, consultores, viagens, hospedagens, diárias, para pouco ou quase nada produzir efeitos.

Observem que, em relação às instituições privadas, o nível de intervenção, pretensamente modernizadora, praticado pelo Estado, é muito alto. O Estado está em permanente mudança, sem as devidas avaliações acerca dos objetivos planejados.

Os documentos nacionais, que oferecem as Diretrizes para a Educação no Brasil, não são acompanhados de afirmações, que imponham controle e governabilidade para atingir o sucesso dos planos.

Na Educação, cada um faz o que quer, o que pode e o que sabe. Então, por meio dela, para a maioria da população, torna-se uma questão de sorte ter uma razoável educação.

O tratamento indigno destinado aos professores, retirando-lhes o sonho de ver seu aluno realizado, retirando-lhes sentimentos de realização pessoal no exercício da profissão, se constitui na peça principal dessa engrenagem determinada a manter batalhões de jovens olhando para baixo, desesperançados, dominados pelas posições mais alienantes, que, agressivamente, são colocadas num mercado, cada vez mais especializado em não deixar esse jovem pensar livremente.

Como consequência, temos, imediatamente, o desinteresse pela instituição escolar: o aluno não acredita nela, pois o seu representante mais imediato, o professor, não mais o convence, pois parece um sujeito derrotado, destituído de seus direitos.

Assim, derrota-se os professores e derrota-se a juventude!!

A escola pública, nesse modelo, cumpre a sua função de reprodutora de membros da classe trabalhadora, para o recebimento de salários miseráveis, para, minimamente, manter a aquisição da ração diária para voltarem ao trabalho, pois, se adoecerem, serão dispensados e, automaticamente, substituídos por outros, em igual formação de escolaridade.

Suas expectativas salariais são residuais, são obrigados a aceitar o oferecido; são exclusivamente cumpridores de ordens, pois, nas suas escolas, eles sempre foram destituídos de vontade e de voz.

Desta forma, as lutas, especialmente na América Latina, feita pelos professores (as) cumpre uma tarefa emancipadora de classe social. Logo, a democracia pensada nos marcos da igualdade exige uma radicalidade de mudanças, que possam alterar substancialmente a vida dos professores (as) ou maestros/as.

Isto não pode ser para 2014, isto não pode ser parcelado!

Quando lutamos pelo piso salarial do magistério é que podemos influenciar, objetivamente, no imaginário dos nossos alunos.

Eles querem aprender, querem imitar aquilo que é bom, assim como uma pessoa que, na maior parte da sua vida, expresse felicidade, elevação de espírito e desejo de transformar a realidade, para melhorá-la, como, por exemplo, o (a) professor (a), estas pessoas que está mais próxima deles do que seus próprios pais!

DINHEIRO TEM! PISO JÁ!
(Márcio de Souza)

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