quarta-feira, 21 de novembro de 2012


E assim caminha a educação em Santa Catarina...


O vereador Márcio de Souza recebeu resposta do requerimento dirigido à Secretária de Educação de Santa Catarina, onde solicitava a reabertura das Escolas Antonieta de Barros (centro) e Professora Otília Cruz (bairro Coloninha). Ambas de responsabilidade do Governo Estadual e, que foram fechadas por conta do próprio abandono do Governo. Entretanto, o conteúdo do posicionamento da Secretária de Educação é de desprezo à inteligência da sociedade.
Considerando, especialmente, que ela justifica o impedimento para a reabertura dizendo que:
a)      A Escola Antonieta de barros não tem condições de uso como unidade escolar;
b)      A Escola Otília Cruz foi desativada em função da redução gradativa de matrículas.
Diz ainda que, pelas razões apresentadas, ambas as situações são irreversíveis, sobretudo porque não houve qualquer prejuízo para os alunos e comunidades envolvidas. Dessa forma, aquilo que é obrigação da Secretária de Educação do Estado e, que não foi cumprido, passa ser a resposta técnica dos dirigentes. Afinal, cabe ao Estado zelar pela integridade dos seus prédios; cabe também à Secretaria fazer campanhas de incentivos  para novas matriculas nas Escolas Públicas e, investigar as razões  da diminuição das matrículas. Mas não é assim que acontece, uma vez que há um propósito de reduzir ao máximo o funcionamento das Escolas Públicas Estaduais. No Instituto Estadual de Educação segue a política de acabar com o período noturno. Isto já foi por nós denunciado, há quase 10 anos, mesmo assim o plano tem prosperado.
A situação é preocupante, pois se isto acontece com a maior Escola Pública do Estado, é possível supor o que deve estar acontecendo pelas demais regiões do Estado. Quase não existe reação da sociedade e da mídia em geral. Por isso, as escolas vão se desmontando, ainda sem vitimas fatais. E quando acontecer um acidente com mortes, haverá muito falatório e transferência de responsabilidade e, depois tudo será gradativamente esquecido.
Então, para não gastar com manutenção é melhor fechar e, transferir as crianças de uma escola, para uma outra. E lotá-las até que alguma criança, adolescentes, não suportando o excesso de número de alunos e, os Professores diminuindo a qualidade dos seus trabalhos, novamente a evasão aconteceu, dando origem a redução (induzida) das matrículas. Estaremos, então, prontos para mais um fechamento de escolas.
Silenciosamente, é mais ou menos assim que vamos , assistindo a precarização da Educação Pública em Santa Catarina. Tudo parecendo normal e natural, a praga caiu do céu e fechou mais uma escola.
Que pena!


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