E assim caminha a educação em
Santa Catarina...
O vereador Márcio de Souza
recebeu resposta do requerimento dirigido à Secretária de Educação de Santa
Catarina, onde solicitava a reabertura das Escolas Antonieta de Barros (centro)
e Professora Otília Cruz (bairro Coloninha). Ambas de responsabilidade do
Governo Estadual e, que foram fechadas por conta do próprio abandono do
Governo. Entretanto, o conteúdo do posicionamento da Secretária de Educação é
de desprezo à inteligência da sociedade.
Considerando, especialmente, que
ela justifica o impedimento para a reabertura dizendo que:
a)
A Escola Antonieta de barros não tem condições
de uso como unidade escolar;
b)
A Escola Otília Cruz foi desativada em função da
redução gradativa de matrículas.
Diz ainda que, pelas razões
apresentadas, ambas as situações são irreversíveis, sobretudo porque não houve
qualquer prejuízo para os alunos e comunidades envolvidas. Dessa forma, aquilo
que é obrigação da Secretária de Educação do Estado e, que não foi cumprido,
passa ser a resposta técnica dos dirigentes. Afinal, cabe ao Estado zelar pela integridade
dos seus prédios; cabe também à Secretaria fazer campanhas de incentivos para novas matriculas nas Escolas Públicas e,
investigar as razões da diminuição das
matrículas. Mas não é assim que acontece, uma vez que há um propósito de
reduzir ao máximo o funcionamento das Escolas Públicas Estaduais. No Instituto
Estadual de Educação segue a política de acabar com o período noturno. Isto já
foi por nós denunciado, há quase 10 anos, mesmo assim o plano tem prosperado.
A situação é preocupante, pois se
isto acontece com a maior Escola Pública do Estado, é possível supor o que deve
estar acontecendo pelas demais regiões do Estado. Quase não existe reação da
sociedade e da mídia em geral. Por isso, as escolas vão se desmontando, ainda
sem vitimas fatais. E quando acontecer um acidente com mortes, haverá muito
falatório e transferência de responsabilidade e, depois tudo será
gradativamente esquecido.
Então, para não gastar com
manutenção é melhor fechar e, transferir as crianças de uma escola, para uma
outra. E lotá-las até que alguma criança, adolescentes, não suportando o
excesso de número de alunos e, os Professores diminuindo a qualidade dos seus
trabalhos, novamente a evasão aconteceu, dando origem a redução (induzida) das
matrículas. Estaremos, então, prontos para mais um fechamento de escolas.
Silenciosamente, é mais ou menos
assim que vamos , assistindo a precarização da Educação Pública em Santa
Catarina. Tudo parecendo normal e
natural, a praga caiu do céu e fechou mais uma escola.
Que pena!
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