segunda-feira, 7 de maio de 2012

MORADIA POPULAR SOFRE ATAQUE DA ELITE REACIONÁRIA

Os trabalhadores que moram nos Altos do Boa Vista, no bairro Saco dos Limões, lutam, há muitos anos, para serem atendidos pelas políticas de habitação do município de Florianópolis. Com a articulação do mandato do vereador Márcio de Souza, aquela comunidade, enfim, foi incluída nos programas de moradia popular. Para viabilizar as ações, o prefeito Dário Berger remeteu, para a Câmara Municipal de Florianópolis, um Projeto de Lei Complementar (PLC 983/2008), para desafetar área pública, naquela localidade.

Entretanto, alguns moradores da vizinhança (de maior poder aquisitivo) não admitem que os habitantes do Boa Vista sejam contemplados com a melhoria das suas residências, bem como com o melhoramento das condições urbanísticas. Dessa forma, agem de todas as maneiras para evitar a aprovação da lei, pois querem aquele local para deleite e contemplação da natureza, sem se importar com as vidas humanas. Querem uma área verde de lazer (para eles, os “abonados”) enquanto a população necessitada de moradia deverá ser transferida para algum lugar incerto, segundo os bacanas egoístas.

O representante deste grupo é o senhor Hélio Carvalho, ex-diretor da UFECO, isso mesmo!! Parece que os ideais da entidade não são os mesmos da referida liderança, uma vez que retirar os pobres do alcance das políticas públicas de moradia não parece ser a prática da UFECO.

É preciso denunciar a tentativa golpista do Senhor Hélio, que peregrina pelos gabinetes da Câmara Municipal e gabinete do Prefeito, tentando, ainda, retirar o projeto da votação que será em breve.

A comunidade do Boa Vista também carece de solidariedade de outras comunidades e movimentos sociais, para enfrentar a avareza e a mesquinharia, manifestadas por aqueles que, por preconceito social, não os querem no bairro. E, cinicamente, se utilizam de argumentos urbanísticos e ambientais para mascarar seus verdadeiros interesses, sustentados pela exclusão de classe social.

Para o vereador Márcio de Souza (PT), cujo mandato sempre esteve vinculado às questões de defesa da moradia das populações marginalizadas socialmente, isto é "a repetição da prática intolerante e gananciosa, travada pelo solo. Esses egoístas querem, tão somente, desalojar os populares para fora de Florianópolis e expropriar as suas terras para exploração imobiliária."

Foi isso que aconteceu na Vila Santa Rosa (Agronômica), na Ponta do Leal (onde não permitiram que aquela comunidade fosse assentada no terreno em frente à Escola Naval, próximo ao bairro Coloninha), assim como na Vila do Arvoredo (Ingleses), onde também se instalou uma forte resistência contra o assentamento dos moradores, capitaneada por lideranças empresariais excludentes.

É preciso resistir às tentativas dessa natureza, por intermédio da organização das comunidades sustentadas por uma ordem definida pela Lei Federal, Estatuto da Cidade, que preconiza o caráter social da função do solo urbano.

Isto vale, igualmente, para Florianópolis, leia-se, Comunidade do Boa Vista!

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