sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Dia Nacional do Samba
Foto: Artur de Bem
Hexacampeão. O Samba, através da 6ª edição dos festejos do Dia Nacional do Samba, pode se considerar hexacampeão em Florianópolis. Foi mais uma festa digna da qualidade dos sambistas locais. Dizer que os 14 intérpretes e as Velhas Guardas deram um show no Mercado Público seria redundante e simplório.
Desde às 7h, do dia 02/12, quando iniciamos os trabalhos no Terminal de Integração do Centro – Ticen, integrando Samba e povo, com a alegria no centro de tudo, percebíamos rostos cerrados descendo de ônibus lotados e que se enchiam de alegria ao serem recepcionados com o bom e velho Samba, em sua melhor forma. Corpos já fatigados renovavam as energias no Samba e podiam seguir seus destinos mais serenos. Alguns devem ter chegado atrasados nos seus compromissos, após permanecerem por alguns minutos tentando acreditar no que seus olhos viam: Samba do povo, feito pelo povo e que foi ao povo em forma de arte. Mas aqui está a justificativa dos atrasos para seus chefes. Às 11h, do mesmo dia, a história se repetiu: Samba no Ticen.
No Mercado Público, já no início da noite, aconteceu de tudo: velho se misturou com novo, pobre com rico, preto com branco, gordo com magro, teve sol, teve chuva, teve bêbado e teve sóbrio, embriagado de alegria. Só não teve briga, briga somente por lugar. Isso porque o Samba é de paz.
No início da execução dos trabalhos, quando choveu e faltou luz, eu disse: "O Samba está provando que é, realmente, símbolo de resistência. Nem a chuva, nem a falta de luz impede que o evento ocorra!".
A interrupção foi tão mágica que iniciou exatamente após alguns segundos findados da primeira música e acabou após alguns outros segundos.
O público, para quem ofertamos o evento, e permaneceu em grande número até o final, esteve de parabéns!
Creio que o Dia Nacional do Samba está cada vez mais consolidado e fortalecido em Florianópolis como uma data importante para nós, respeitando nossa ancestralidade, que tanto lutou para que o Samba deixasse de ser malandragem e, hoje, fosse considerado Cultura.
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