Tem oi na linha... Agora é um oi ao telefone, desde que a telefonia móvel assumiu o mercado de milhões de usuários.
Tenho, por vezes, a impressão de que o atendimento, a recepção de uma chamada, tendo como abertura um “alô”, “bom dia”, era mais educada e acolhedora.
Um “oi”, nessas condições, parece desleixado e vulgar. Observe e experimente as sensações decorrentes desta audição: “Oi! Quem é?”
Quero, com essas considerações, adentrar aos problemas que poderão decorrer da aquisição feita pela empresa neste processo.
Em Santa Catarina, quase 2.500 trabalhadores(as) estão sob o risco de perder seus postos de trabalho.
Porém, este caso está sendo tratado com desprezo pela empresa adquirente, que, por sua vez, de acordo com a denúncia dos representantes sindicais, vem coagindo os trabalhadores(as) para se mudarem para o local onde se pretende instalar o novo call center: o Rio de Janeiro.
É óbvio que a grande massa de empregados(as) assalariados não poderá se deslocar, com suas famílias, para este novo lugar, face às diversas dificuldades estruturais e financeiras.
Assim, arrogantemente, a poderosa empresa vem agindo, buscando consolidar-se junto ao público, por métodos, ditos por estes, agressivos. Isto é verdade, a começar pela agressividade contra os próprios trabalhadores de sua empresa, da ausência de respeito e consideração por eles e suas famílias.
É um “oi” agressivo, daquele que não reconhece a cordialidade, que despreza o diálogo e que só enxerga o lucro, a despeito da vida das pessoas.
Queremos trocar “oi” por expressões respeitosas ricas de humanidade como por exemplo: “Alô! Por gentileza, quero falar com você!”
Alô! Alô! Não vamos deixar milhares de trabalhadores(as) catarinenses sem empregos por causa da Oi.
Márcio de Souza
Vereador - PT
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