domingo, 31 de maio de 2009

Alô, tudo bem, como vai você?

Tem oi na linha... Agora é um oi ao telefone, desde que a telefonia móvel assumiu o mercado de milhões de usuários.

Tenho, por vezes, a impressão de que o atendimento, a recepção de uma chamada, tendo como abertura um “alô”, “bom dia”, era mais educada e acolhedora.

Um “oi”, nessas condições, parece desleixado e vulgar. Observe e experimente as sensações decorrentes desta audição: “Oi! Quem é?”

Quero, com essas considerações, adentrar aos problemas que poderão decorrer da aquisição feita pela empresa neste processo.

Em Santa Catarina, quase 2.500 trabalhadores(as) estão sob o risco de perder seus postos de trabalho.

Porém, este caso está sendo tratado com desprezo pela empresa adquirente, que, por sua vez, de acordo com a denúncia dos representantes sindicais, vem coagindo os trabalhadores(as) para se mudarem para o local onde se pretende instalar o novo call center: o Rio de Janeiro.

É óbvio que a grande massa de empregados(as) assalariados não poderá se deslocar, com suas famílias, para este novo lugar, face às diversas dificuldades estruturais e financeiras.

Assim, arrogantemente, a poderosa empresa vem agindo, buscando consolidar-se junto ao público, por métodos, ditos por estes, agressivos. Isto é verdade, a começar pela agressividade contra os próprios trabalhadores de sua empresa, da ausência de respeito e consideração por eles e suas famílias.

É um “oi” agressivo, daquele que não reconhece a cordialidade, que despreza o diálogo e que só enxerga o lucro, a despeito da vida das pessoas.

Queremos trocar “oi” por expressões respeitosas ricas de humanidade como por exemplo: “Alô! Por gentileza, quero falar com você!”

Alô! Alô! Não vamos deixar milhares de trabalhadores(as) catarinenses sem empregos por causa da Oi.


Márcio de Souza
Vereador - PT

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